Ainda na antiguidade, o planeta Marte
despertava a curiosidade dos homens. Seu nome provém de sua cor vermelha, tem o nome do deus romano da guerra. Os
astrônomos associaram a cor ao sangue. Já os egípcios o chamavam de O Vermelho.
Na Ásia, Marte era Estrela de Fogo. Hoje em dia, analisamos o potencial do
planeta em abrigar vida e as pesquisas recentes seguem no sentido de colonizá-lo.
A corrida Espacial
A corrida espacial iniciada com a com a Guerra Fria levou o
homem pela primeira vez ao espaço. Demos nosso primeiro salto na Lua. Colocamos
satélites em órbita e facilitamos a comunicação por todo o mundo. Em 20 de
agosto de 1975, a NASA lançava a sonda Viking 1 rumo a Marte.
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Imagem de 21 de
agosto de 1997 mostra a sonda Viking 1 registrando o pôr-do-sol visto do
planeta vermelho. Foto: NASA / Divulgação.
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Foi um plano ambicioso
que levou consigo 1 bilhão de dólares, mas que colocaram os Estados Unidos como
pioneiros no lançamento de sondas no solo de outro planeta. No dia 9 de
setembro do mesmo ano, era lançada a sonda Viking 2.
Apesar do sucesso da missão,
houve frustração por parte daqueles que esperavam encontrar vida. Deste esta
data, muitas missões buscam compreendera a geologia do planeta e avaliar a
potencialidade de missões tripuladas no futuro.
Missão ExoMars:
A Agência Espacial Europeia (ESA) lançou em 14 de março
deste ano a primeira missão do Programa Espacial ExoMars, contando também com o
apoio da Agência Espacial Federal Russa (Roscosmo). O objetivo da missão é
desvendar formas de vida no planeta vermelho, sejam estas em passados remotos
ou o potencial futuro de o planeta abrigar vida.
A primeira etapa do projeto consistia no lançamento de dois
equipamentos: o Trace Gas Orbiter, que orbita o planeta, e o módulo Schiaparelli,
que pousaria na superfície marciana. Os equipamentos se separaram no dia 16 de
outubro e no último dia 19, o módulo já iniciara sua descida. O foguete Próton-M
foi responsável por levar o conjunto ao espaço.
Logo após o processo de descida, o módulo perdeu o contato
com a central. A ESA concluiu que ele teria caído de forma abrupta no solo
marciano, o que teria destruído o equipamento. Até hoje, apenas Americanos
conseguiram pousar equipamentos com sucesso no solo de marte.
A missão não foi um fracasso, já que o Trace Gas Orbiter
fará estudos detalhados sobre a atmosfera local, e analisará entre outas
coisas, a concentração de metano.
O Trace Gas Orbiter e o módulo Schiaparelli abririam caminho
para outra missão não tripulada que aconteceria até 2020.
Espera-se que sob as calotas polares de gelo existam
micro-organismos similares aos encontrados a 800 metros de profundidade no gelo
antártico terrestre.
O nome dado ao módulo
é uma homenagem ao astrônomo italiano Giovanni Schiaparelli, que desenhou ainda
no século XIX, o primeiro mapa do planeta Marte, levantando ainda hipóteses
quanto à presença de canais de água.
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Fig. 1: Descida
programada do Schiaparelli. Créditos: NASA, ESA.
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Missão Tripulada a Marte:
Em um importante discurso no Centro Espacial de Kennedy em
2010, o presidente americano Barack Obama afirmou: “Na metade dos anos 2030, eu
acredito que poderemos enviar humanos a órbita de Marte e retorná-los com
segurança à Terra. E uma posterior aterrissagem a Marte se prosseguirá.”
Existem, no entanto, grandes desafios no que diz respeito a
tais missões tripuladas. Um dos mais
graves é um fenômeno conhecido como Space
Brain.
Este fenômeno está relacionado à exposição prolongada aos
raios cósmicos intergalácticos. Eles carregam tanta energia que podem penetrar
dentro de uma nave espacial e provocar sérios danos à saúde dos tripulantes. O
cérebro seria o principal prejudicado, como evidenciam as pesquisas feitas com
ratos. Uma exposição em longo prazo pode gerar problemas como ansiedade,
depressão e outras alterações comportamentais indesejadas. É possível ainda que
os astronautas tenham dificuldades em se recordar de suas experiências ao
voltar para a Terra.
Noticia elaborada Pelo Bolsista Doulgas.
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